Entre um beijo e outro perdição
de meu pensamento, me toma o corpo fogo grego, quanto mais me esquivo, mais me
alimenta. Em teus ouvidos sussurros quentes refletem o calor de meus desejos em
estado quase primitivo. Quero uma noite provando de todo o sabor de tua flor,
que entre tuas pernas esconde uma passagem sem volta à fronteira que existe
entre o caminho da tentação e um paraíso de prazeres sem pudor. E de meu corpo
contra teu corpo nessa luta infame sem pretensões de um vencedor, esgotar meu
fôlego entre os suspiros que trocamos, junto a mordidas e arranhões livres de
dor. Outrora deixar raiar o sol lá fora, e vê-lo se por novamente sem que
nossos corpos não tenham deixado de se fazer um, de me fazer uma parte de ti,
de te fazer uma parte de mim. Adormecer então dominado pelo cansaço, contigo risonha
e já sem forças entre meus braços.
De prazer amor, viverias. De
paixão meu bem, te consumirias. Teu beijo é meu gatilho, teu corpo é como
pólvora e no calor do meu corpo, nossas faíscas explodem todas as sensações a
flor da pele. E me fazem assim tua melhor chance, teu mais vivo amante, nosso
segredo guardado na cama onde o limite se perde no horizonte.
Pevic. Pedrosa